Maracatu Baque Caipira (Piracicaba – SP)

Baque Caipira é um grupo percussivo piracicabano que tem como referência o Maracatu de Baque Virado. Fundado em 2013, tem se constituído como um espaço artístico, educacional e cultural de valorização e difusão da cultura brasileira. O grupo, que é um coletivo independente, tem desenvolvido uma linguagem própria em relação às composições rítmicas, e integra às batidas do maracatu um sotaque afro-caipira, característico das manifestações populares da região do Vale do Rio Tietê.

Ano de Fundação: 2013

Fundadores: Maicon Araki

Patrono da Nação: Oxóssi

Cores: Verde e Branco

Calunga: Dona Benedita

Dama do Paço: Fabiana Ferreira e Dulce Helena

Rei e Rainha: Ediana Maria de Arruda (Samba de Lenço) e Pedro Soledade (Tambu)

Baiana Rica: Evair Sousa

Apito: Maicon Araki e Natalia Puke

Endereço: Parque da Rua do Porto, Piracicaba/SP.

Contato: (19) 99109 6168

Facebook: https://www.facebook.com/baquecaipira

Instagram: https://www.instagram.com/baquecaipira/

Referências em vídeos:

 

 

 

 

 

Maracatu Baque Caipira

Baque Caipira é um grupo percussivo de Maracatu de Baque Virado, fundado em 2013, na cidade de Piracicaba/SP, pelo músico Maicon Araki e, atualmente, também é coordenado pela educadora Natalia Puke. O grupo não tem filiação com nenhuma Nação, e tem desenvolvido uma linguagem própria em relação às composições rítmicas, integrando nos baques do maracatu um sotaque afro-caipira característico do interior paulista, que destacam os referenciais culturais das manifestações populares da região do Vale do Rio Tietê, tais como o tambu, samba de lenço, cururu, catira e samba de bumbo.

A organização do Baque Caipira se configura como um coletivo independente, aberto às pessoas de diversas idades, gêneros e classes sociais, que reconhecem o poder transformador das expressões culturais populares, negras e indígenas. O coletivo, atualmente formado por 42 pessoas, não tem fins lucrativos, e seus integrantes cooperam com o projeto por acreditarem na movimentação cultural, educacional e espiritual provenientes da experiência comunitária do maracatu.

Entre os anos de 2014 e 2017 o grupo se fortaleceu por meio de ensaios abertos, apresentações, vivências em escolas, oficinas em espaços culturais e comunidades periféricas, e sobretudo, com a realização do projeto voluntário “Baque Caipira na Escola” que circulou diversas escolas públicas estaduais e municipais da cidade e da região. Desde a sua formação, o grupo vem se apresentando em várias edições de importantes eventos da região, tais como Festival Curau – Culturas Regionais e Artes Urbanas, AfroPira, Festa das Nações, Cordão do Mestre Ambrósio, Encontros Regionais de Maracatu, entre outros. Entre os anos de 2018 e 2020, realizou cortejos de carnaval, levando para as ruas de Piracicaba os elementos característicos da corte real dos maracatus do Recife, porém, reinventando alguns símbolos em diálogo com a cultura caipira do interior paulista. E em 2018, o grupo foi contemplado pelo Proac Editais com o projeto “Baque Caipira: multiplicando saberes”, e no decorrer do 2019 realizou oficinas que contemplaram a formação da percussão, da dança e da história do maracatu em duas comunidades periféricas de Piracicaba.

O grupo realiza ensaios abertos e gratuitos na Área de Lazer do Parque da Rua do Porto, bem como em outros espaços públicos, em diferentes regiões da cidade, e tem se constituído como um espaço artístico, educacional e cultural de aprendizado e valorização da cultura brasileira, possibilitando o acesso e a difusão dos ritmos e símbolos das expressões afro-ameríndias e caipiras para a população piracicabana. Em 2019, os ensaios abertos do grupo na Área de Lazer do Parque da Rua do Porto foram citados no projeto “Rota Negra” promovido pelo Sesc/Piracicaba, como um dos principais redutos de manifestação da resistência afro-brasileira na cidade.